“ Novos paradigmas – Julgamento pela observação”

“ Novos paradigmas – Julgamento pela observação”
Desenho: Aimée Resende

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Limpo é a cor do ...

Eu esperei o tempo necessário para escrever... Parecia uma gravidez piscicológica da minha mente para poder começar a parir idéias singelas... Acordei com pouco ânimo e vi que o céu é tranquilo ao me deparar com um choro num treino corporal em um aulão de teatro. DAÍ, no MEIO do começo da noite, decidi com minhas aquarelas novas e o nanquim convidativo para uma viagem que eu pretendo não perder as conexões... porque é uma nova experiencia artística que me fez bem... bom... um partido bom para se recomeçar o que tinha acabado de acabar...

Que Deus abençoe a todos, já que todos tem uma segunda chance...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA



COM VARANDAS LOFTS FREESTYLE

CONSTANTE VISTA PARA O MAR SOBRE A BELA BAÍA DE TODOS OS SANTOS

GAMBOA DE CIMA, NA AV. CONTORNO, PRÓXIMO AO CAMPO GRANDE.

APENAS14 UNIDADES - 2 POR ANDAR.

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PISCINA COM VISTA DESLUMBRANTE.

SUÍTE, VARANDA GOURMET, CHURRASQUEIRA, SPA SAUNA E ACADEMIA DE
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E A GAMBOA DE BAIXO?




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VOCÊ SERÁ MAIS FELIZ! ALÉM DO MAIS, VOCÊ TERÁ UMA IMPECÁVEL VISTA

DO MAR E DO NASCER DO SOL!

AVENIDA PARA QUÊ?

UM QUARTO, UMA SALA, UMA COZINHA... PARA QUÊ TANTOS QUANTOS E

SALAS SE NUNCA FICA EM CASA?

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VALOR: R$ 1.000.200,00.

Porque para a felicidade NÃO

tem PREÇO!


sábado, 3 de abril de 2010



De Origem Indígena, a palavra Gamboa significa o local, no leito dos rios, onde se remansam as águas, dando a impressão de um lago sereno. Essa descrição justifica com maestria a denominação destinada ao Bairro da Gamboa, em Salvador. Localizado à beira-mar, o ferece uma visão privilegiada da borda sudoente da Baía de Todos os Santos. A paisagem mostra a imensidão de um mar tranquilo, os barcos poe ele a navegar e os contrastes da divisão entre o Luxo e a pobrza, sepadaros pela sinuosa Avenida do Contorno.



( Solar do Unhão)
A encosta Resultante de uma falha geológica, que separa a cidade Alta da Cidade Baixa, também é limite para designar o perfil dos moradores da Gamboa. Na chamada Gamboa de Cima, ocupada pela classe média, as mansões mostram ser aquela uma das áreas nobres da cidade. Não só pela lozalização, com as janelas apontando para um para uma área de extrema beleza natural , mas também pela infra-estrutura de que dispõe em seus limites. É que o bairro está situado entre o antigo Palácio Arquiepiscopal e o Solar do Unhão, próximo ao comércio, Campo grande, Vitória e Aflitos, quase que fazendo parte do centro da cidade.



( Gamboa de Cima - Foto antiga)



Do outro lado, está Gamboa de Baixo. Uma comunidade essencialmente formada por pescadoresm que reúne 145 famílias. São pessoas simples. Homens que levantam junto com o sol para buscar na baía a fonte de sobrevivencia. Mulheres que cuidam da casa, tratam o peixe na varanda e estendem as roupas para secar nos varais ao balançar da brisa. Crianças que têm liberdade epara subir e descer escadas e se divertir em meios aos mirantes de pura contemplação.



( Gamboa de baixo Antiga)

Em Gamboa de Baixo, o mar está mais próximo, assim como os resquícios da história. Uma das marcas do passado de colonização são as ruínas do Forte de Gamboa. Construído em 1810, o forte tinha ao redor uma aglomeração de casas coloniais. Ao longo do porto de Gamboa, sete ainda resistem ao tempo. Mas assim como o forte, estão em total estado de degradação. Algumas delas são ocupadas por moradores. Uma é a Sede da Igreja Unievrsal do Reino de Deus. Outras estão fechadas, ameaçadas de desmoronamentos.
A história do bairro vem sendo acompanhada de perto por Antigos moradores. O perscador Manoel Bomfim Filho, 62 anos, é uma dessas estemunhas oculares. " Aqui nasci e me criei". Valdete Sapucaia, 73 anos, quemora desde os 10 anos, confirma. "Aqui só cresceu depois que fizeram na década de 60 a Avenida do Contorno.

( Fotos das ruínas)

De lá pra cá, os moradores esperam o "progresso" acontecer. A área de cima foi sendo urbanizada enquanto que a parte de baix, pertencente à União, cresceu agregando um número cada vez maior de famílias que hoje lutam pela permanência no local, como certifica Manoel: "Já pensou morar a vida toda no lugar para depois sair? Gosto de tudo aqui na comunidade, não quero sair".Para melhorar é só deixar a gente no nosso canto." Os moradores também lutam pela despoluição do Porto de Gamboa, onde os esgotos de bairros da Cidade Alta são despejados sem nenhum tratamento. O local serve também, apesar do trabalho de conscientização que é feito, de depósito de lixo, despejado na prórpia população.

( Comunidade da Gamboa de baixo)


Nessa área, um potencial ponto de atração turística, o esgoto, que contribui para a proliferação de baratas, contrasta com a água límpida e cristalina que escorre de uma bica natural, na rocha. A água é usada pela comunidade.
E é desfrutando desses recursos ambientais, que os moradores de Gamboa querem viver. Pos, como tamb[em definiu o pescador Manoel: " quem vê essa Baía de Todos os Santos todos os dias não envelhece. A gente fica coroa, mas não fica velho". Adriano, que tem 24 anos e também é nascido na Gamboa, resume a condição de morarna localidade: " Viver aqui é um privilégio".





:
( Iluminação à noite da Gamboa, paisagem e foto preto e branco noite)



Analisando as distintas Gamboa de Cima e Gamboa de Baixo, vemos um grande contraste. Na de “Cima” ocupada pela classe média e contendo fabulosas mansões. Já na Gamboa de baixo, vemos uma comunidade de pessoas simples, onde tiram sua sobrevivência do pescado, que lutam pelo progresso da sua comunidade e sendo ameaçados em benefício do projeto Via Náutica que prevê a instalação de um píer de atracação na localidade, assim destruindo os sonhos de todos aqueles que vivem ali.
(Samya)


Em 1962, a construção da Avenida Lafayete Coutinho, a Contorno, traçou em tons mais definidos as fronteiras entre Gamboa de Baixo e de Gamboa de Cima. Sobre a avenida, por assim dizer, gente do Centro da Cidade Alta, sob ela, os ribeirinhos da Baía de Todos os Santos. Às Gamboas, os aspectos geográficos põem limites, mas também criam laços.

Não há dúvidas: de cima ou de baixo, na Gamboa a curtição é sempre apreciar da própria janela a imensidão do mar da Baía e gozar do clima de tranqüilidade, sensível pela brisa que alisa os cabelos de moradores ali chegados há muitos anos, testemunhas oculares das mudanças vindas com o passar do tempo. Sem dúvidas, também, que, sob a mesma rubrica, as histórias pedem acentos diversos, basta subir ou descer pelas ruas, becos e vielas do lugar. As duas localidades, embora, a rigor, não sejam bairros (fazem parte, oficialmente, do bairro 2 de Julho) têm identidade urbana auto-referente.
(Jaqueline)




: GAMBOA MOSTRA BELEZA E CONTRASTE SOCIAL
A TARDE, 01.12.2001, p.4, Cláudia Oliveira




Compreendendo Paradigma.

Gamboa - Salvador



Dicionário Aurélio: " Modelo padrão, estalão. Modelo ou tipo de conjugação ou declinação gramatical."

Quebrando Paradigmas: "Quando em um certo tempo, ou época, as pessoas fazem do que era padrão esteticamente ou filosoficamente o modo de vida para um novo paradigma à sociedade, com a variação de costumes, modos e politicamente influenciados a cada região para cada lugar. "

Sociólogo Willian "Cabelitus" - formado na UFS

Lugar que também pode ser chamado de "Leito dos rios" se contrasta entre o luxo e pobreza separados por uma sinuosa avenida Contorno este limite divide as Gamboas de Baixo e de Cima no primeiro composto de pescadores e a ultima pela classe media de salvador ambos desfrutam da mesma vista para a Baia de Todos os Santos mas com paradigmas inversos numa extremidade urbanismo padrão no outro a falta de atendimento das necessidades básicas e correm o risco de serem despejados de suas casas e lares onde nasceram e criam seus filhos. Contudo todos os moradores deste bairro resumem a condição de morar na localidade "Viver aqui é um privilegio".

(Liziane)


Considero paradigmas as
realizações científicas universalmente
reconhecidas que,
durante algum tempo, fornecem
problemas e soluções
modelares para uma comunidade
de praticantes de uma
ciência. (Kuhn, 1996, p. 13).

Paradigma são valores e "preconceitos" que cada ser humano detêm em seu subconsciente. Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas colocaram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada. Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macaco A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de alguma surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

( livro O monge e o Execultivo -nucleoparadigma.com.br)

Paradigma é a representação de um padrão de modelos a serem seguidos. Um paradigma é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma .
Podemos dizer que um paradigma é a percepção geral e comum - não necessariamente a melhor - de se ver determinada coisa, seja um objeto, seja um fenômeno. O paradigma é a forma como nós percebemos o mundo, tipo, a água para os peixes. O paradigma explica o mundo para nós e nos ajuda a prever o seu comportamento.
Paradigma também pode ser um conjunto de regras e regulamentos (escritos ou não) que faz duas coisas: 1º - estabelece ou define limites; 2º - diz como devemos nos comportar dentro desses limites para sermos bem sucedidos.
(Nilton)

Parar para pensar um pouco! Antes que tudo venha de uma vez!


Vista da Gamboa – Salvador
óleo sobre tela, ass. inf. dir.
Reproduzido à p. 455 do livro 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Colorama, 1989)65 x 81 cm
Último lance: R$ 14.500 - U$ 6.590
Leilão de novembro de 2005



Como dizia Marcos Nähr: "Os critérios de beleza sâo estímulos, excitação, novidade, complexidade, mas também criatividade. É belo sentir-se criativo. A beleza não refere apenas os objetos, mas também a ações. Pode ser belo fazer novas descobertas, produzir arte, escrever livros, ou expressar as prórpias idéias. A beleza dessas ações não depende tanto do fato de o objeto produzido ter sido belo: a questão mais imporante é se lidar com esse objeto foi uma experiência estimulante."

O Belo no Dicionário Auréleo : Que tem forma perfeita e proporções harmônicas. Que é agradável aos sentidos. Elevado; sublime. Bom , generoso. Ameno, aprazível. Próspero, feliz. Vantajoso, lucrativo. De que resulta glória; honroso. Tem por vezes um sentido indefenido, próximo ao de certo: Um belo dia aparece de volta. Caráter ou natureza do que é belo.


Procurando resgatar a imagem da cidade, do período pré-reformista, o arquiteto e artista plástico Diógenes Rebouças, falecido a alguns anos atrás, com base em fotografias, desenhos, esboços e depoimentos, recriou, em telas pintadas, os principais logradouros de Salvador, duramente afetados ou totalmente perdidos pelas reformas e, ainda, de outros locais, hoje emblemáticos da cidade, como o Farol da Barra, então esparsamente ou não ocupados pela urbanização. São algumas destas telas, que constam na publicação “Salvador da Bahia de Todos os Santos no Século XIX”, de autoria do autor das telas e de Godofredo Filho.


A partir de uma observação podemos ver que sempre haverá uma desigualdade na questão ocupacional e na questão arquitetônica de um lugar, já que a convivência entre pessoas diferentes e a vivência com pessoas diferentes remetem uma desigualdade na região em que vivem. Comunidades juntos de prédios, casas juntos de lugares comerciais antigos. A globalização nos faz conviver “misturadamente” uns com os outros. Isso faz com que não haja no fim das contas uma diferença, mas sim um modo padronizado de um local como por exemplo nos países desenvolvidos, devido a urbanização e o seu desenvolvimento histórico que dá uma ideologia lógica de uma região diversificada, onde em muitos países desenvolvidos não existem mais ou nunca existiram uma forma de convivência mista de classes. A melhor forma de conviver com pessoas, lugares e vivências diferentes é simplesmente aceitar a diferença já que a mudança é devagar e não contínua. Não contínua porque depende da política, das pessoas conscientizadas de quererem mudar e aprender a conviver com as diferenças.

(Aimée)