“ Novos paradigmas – Julgamento pela observação”

“ Novos paradigmas – Julgamento pela observação”
Desenho: Aimée Resende

sábado, 3 de abril de 2010

Parar para pensar um pouco! Antes que tudo venha de uma vez!


Vista da Gamboa – Salvador
óleo sobre tela, ass. inf. dir.
Reproduzido à p. 455 do livro 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Colorama, 1989)65 x 81 cm
Último lance: R$ 14.500 - U$ 6.590
Leilão de novembro de 2005



Como dizia Marcos Nähr: "Os critérios de beleza sâo estímulos, excitação, novidade, complexidade, mas também criatividade. É belo sentir-se criativo. A beleza não refere apenas os objetos, mas também a ações. Pode ser belo fazer novas descobertas, produzir arte, escrever livros, ou expressar as prórpias idéias. A beleza dessas ações não depende tanto do fato de o objeto produzido ter sido belo: a questão mais imporante é se lidar com esse objeto foi uma experiência estimulante."

O Belo no Dicionário Auréleo : Que tem forma perfeita e proporções harmônicas. Que é agradável aos sentidos. Elevado; sublime. Bom , generoso. Ameno, aprazível. Próspero, feliz. Vantajoso, lucrativo. De que resulta glória; honroso. Tem por vezes um sentido indefenido, próximo ao de certo: Um belo dia aparece de volta. Caráter ou natureza do que é belo.


Procurando resgatar a imagem da cidade, do período pré-reformista, o arquiteto e artista plástico Diógenes Rebouças, falecido a alguns anos atrás, com base em fotografias, desenhos, esboços e depoimentos, recriou, em telas pintadas, os principais logradouros de Salvador, duramente afetados ou totalmente perdidos pelas reformas e, ainda, de outros locais, hoje emblemáticos da cidade, como o Farol da Barra, então esparsamente ou não ocupados pela urbanização. São algumas destas telas, que constam na publicação “Salvador da Bahia de Todos os Santos no Século XIX”, de autoria do autor das telas e de Godofredo Filho.


A partir de uma observação podemos ver que sempre haverá uma desigualdade na questão ocupacional e na questão arquitetônica de um lugar, já que a convivência entre pessoas diferentes e a vivência com pessoas diferentes remetem uma desigualdade na região em que vivem. Comunidades juntos de prédios, casas juntos de lugares comerciais antigos. A globalização nos faz conviver “misturadamente” uns com os outros. Isso faz com que não haja no fim das contas uma diferença, mas sim um modo padronizado de um local como por exemplo nos países desenvolvidos, devido a urbanização e o seu desenvolvimento histórico que dá uma ideologia lógica de uma região diversificada, onde em muitos países desenvolvidos não existem mais ou nunca existiram uma forma de convivência mista de classes. A melhor forma de conviver com pessoas, lugares e vivências diferentes é simplesmente aceitar a diferença já que a mudança é devagar e não contínua. Não contínua porque depende da política, das pessoas conscientizadas de quererem mudar e aprender a conviver com as diferenças.

(Aimée)



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